Ir à Missa e rezar nas Igrejas são duas formas que tenho de me sentir perto de Deus. Não são as únicas, mas são as digamos assim, "ritualísticas".
Ao longo da viagem tenho visto as pessoas e seus rituais. Os muçulmanos com sua pontualidade nos horários de rezar, convocados por alto falantes que toda a cidade escuta. Seus templos não tem imagens. Mas são um espaço que pode ser na rua em forma de Mesquita ou nos ferry boats, nas rodoviárias, nas casas, nas lojas, numa sala especial para cumprir o ritual.
Os hindus de Bali tem templos nas suas casas e diversos nas ruas. Daquele jeitão que vocês já viram nas fotos. E neles fazem oferendas e mais oferendas não para um deus único, mas para vários de seus deuses. E tudo parece que pode receber oferenda lá. Uma árvore pode estar enrolada com um pano e lá ter uns incensos e umas florezinhas. Uma pedra. Uma imagem. Uma "casinha" como eu chamo, por ignorar qual o nome correto daqueles "templinhos" na frente das casas. Juntos ou individualmente, vemos muitos rituais sendo feitos a todos os momentos pelos hindus de Bali.
Os budistas da Tailândia tem templos que por fora são lindíssimos, cheios de detalhes e por dentro tem a vida de Buda pintada e inúmeras imagens dele. Grandes, pequenas, enormes, sentados, deitados, de pé, muitas cobertas de ouro ou apenas douradas mesmo. E a gente vê os monges cuidando dos templos sendo considerados quase sagrados para a comunidade. Tem lugar especial nos meios de transporte, não podem ser tocados por mulheres e vivem pedindo esmolas pra sobreviver, num ritual que fazem de manhã cedo. E tem também aqueles templos antigos construídos há séculos atrás com uma arquitetura bem diferente. E cheios de Budas.
Enfim, todos precisam de um lugar pra estar com Deus. E todos tem um ritual que só faz sentido pra quem é daquela religião. Alguns precisam ver uma imagem, outros não.
Escrevi este post porque nunca pensei que eu também precisava tanto do meu templo. No ocidente as igrejas são tão comuns que eu nem percebia que elas me faziam falta. Só aqui conheci esse meu lado ritualístico. Na ausência dele...
Um comentário:
Cunhados, sonhei com vocês essa noite. Já estavam de volta e nós estávamos numa festa (eu, marido e vcs dois) - acho que era um luau... Muito divertido!
Saudades,
Luciana
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