Ao contrário do resto da Indonésia, Bali é uma ilha de maioria Hindu. Em praticamente todas as casas e mesmo nos estabelecimentos comerciais tem pequenos templos onde eles oferecem comida aos deuses diariamente (em frente ao nosso bangalo tem um, pra se ter uma idéia).
O povo aqui é muito acolhedor. Eles vendem as coisas pra nós como turistas, mas qualquer coisa que a gente precisar fora do circuito turístico eles também dão informação, e correta (na Tailândia eu não tive essa mesma impressão... Lá, parecia que eles estavam querendo se aproveitar o tempo todo e as informações nunca eram muito certeiras). Nas cerimonias que eles fazem aos deuses sempre encontramos alguém pra nos explicar como funciona (antes eles perguntam: Where are you from? How long in Bali? e o Beto já se adianta me apresentando como esposa, porque essa é a terceira pergunta tradicional deles. Depois de um tempo vem a quarta: Vocês tem filhos?)
Os nomes das pessoas geralmente são: Wayan (Primeiro), Made (Segundo), Nyoman (Terceiro), Ketut (Quarto) e vale para homem e mulher. Dois Mades podem se casar e, se tiverem dois filhos, o segundo pode ser Made também (imaginem como deve ser a chamada no colégio?!). As famílias geralmente moram juntas num mesmo terreno e tem divisões por castas que só eles entendem como funciona.
Cerimônia e Briga de Galo
O sonho de todo o turista é sair do circuito turístico. E de posse da scooter, fica fácil se deslocar pela ilha. Num desses passeios, pegamos uma estradinha que parecia levar a lugar algum. Na verdade ela levava um vilarejo no alto de um morro. Lá vimos algumas mulheres entrando num caminho pelo meio do mato carregando oferendas. Perguntamos se poderíamos seguir com eles, no que responderam amigavelmente que sim. Chegando no fim desse caminho vimos uma cena tribal. Dezenas de homens ao redor de uma rinha de galos em frente ao templo fazendo sons muito estranhos que começavam baixo e seguiam aumentando até que a luta entre os galos começava. Este barulho é como eles fazem as apostas. A princípio ficaram nos olhando quando chegamos, natural, já que alí é afastado e turistas não aperecem por lá. Mas os galos eram mais interessantes e após algum tempo eu já estava no meio da roda fazendo minhas apostas :)) Foi muito legal ... A Lúcia ficou um pouco apreensiva de início, pois o cenário era amedrontador. Mas como havia as mulheres chegando para a cerimônia ela ficou mais tranquila. O ritual no templo é cheio de oferendas e orações ao som dos gamelões que parecem mantras que hipnotizam quem está lá. As apostas em briga de galo são muito tradicionas na Indonésia. Em Bali, apenas em dias de cerimônia é permitido as rinhas. Mas como todos os dias tem cerimônia em diferentes lugares da ilha ... heheh
2 comentários:
hahaha cada vez que perguntam dos filhos o Beto leva um cotovelaço...
Pior que é mesmo !!! Os caras olham pra nós e perguntam se estamos em lua de mel. Aí eu digo que estamos casados a 5 anos. Aí eles perguns quantos filhos nós temos. Quando eu digo que não temos filhos ainda, os caras nos olham com uma cara estranha !!! hehe a pressão aqui é mais forte que aí !!!
Beto
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