23 outubro 2010

Algumas cidades vietcongues ..

Não temos tanto assim a contar sobre as cidades do tal trajeto turístico. Não fizemos todos os passeios oferecidos por opção e por uma certa contenção de gastos com tours de menor relevância pro nosso gosto e interesse.

Segue aí um resumão:

Nha Trang é uma cidade da costa com uma praia muito comprida e com um calçadão enorme por toda sua extensão. De lá se enxerga umas pequeninas ilhas que parecem boiar no horizonte, tipo aquelas que vimos em Krabi, porém em menor quantidade e sem a beleza e o clima de lá. Embora já estarmos com saudades de uma praia, afinal já está fazendo dois meses que deixamos as aventuras na Indonésia e Malásia, a praia de Nha Trang não nos chamou nada a atenção. Talvez seja por ser a baixa temporada aqui quando o clima não ajuda muito deixando o mar um verde sujo. Não sabemos como é nas outras estações, mas desde que entramos no Vietnã notamos uma névoa no ar como se fosse uma neblina, uns dias mais outros menos. Ou seja, valeu apenas por termos alugado uma motinho pra matarmos a saudade de sair meio sem destino como fazíamos na primeira parte da nossa viagem.

Hoi An é uma cidadezinha estilo Parati no Rio, só que invés de branco e janelas azuis, os casarios são todos em tons bege, pra combinar com a cor do rio, que é bem argiloso. Quanto mais subimos em direção ao norte, notamos a influência chinesa ficando também cada vez mais forte. E junto com a influência francesa que se vê nos prédios, dá a impressão de termos voltado ao passado. Passeando pelas ruas estreitas visitamos alguns templos chineses que misturam budismo e taoísmo com hinduísmo (ainda não tínhamos visto essa mistura) e, à noite, a cidade fica um charme com as lanternas vermelhas, ou mesmo coloridas, acesas na beira do rio. Digamos que é um lugarzinho mais romântico, pra tomar uma cervejinha e comer uns pratos típicos (foi o que fizemos inclusive!).

Definimos Hue como: "- Malditos vietcongues nos pegaram!" (lembram daquele quadro da TV Pirata?). Tá, não sabemos se passamos por um golpe ou não. Mas marcou nossa estada lá e nos deixou bem chateados. Resumindo bem: conhecemos uma família de vietnamitas que sugeriu um restaurante pra comermos. Conversa vai e vem, o Beto convidou eles pra jantarmos juntos no tal lugar que era bem barato, só pra locais. Chegamos lá, o lugar era chiquezinho, o menu sem preço e apenas em vietnamês. Pergutamos de novo se era baratinho: "-Sim, sim!". Comemos e veio a conta pra mão do Beto: 600.000 dongs. (=60 reais, sendo que normalmente comemos por 8 reais pra nós dois). Bom, pra equilibrar, eles nos convidaram pra jantar no dia seguinte na casa deles. Marcamos pra eles nos encontrarem às oito na frente do KFC - o único da cidade. Oito da noite, oito e dez, oito e vinte, oito e trinta... E nada... E aí? Pensamos o que sobre isso?? Foi uma droga! Tudo que economizamos nos outros lugares, gastamos na janta! Malditos vietcongues nos pegaram mesmo!!!! Mas pra não deixar que a mágoa nos domine, vamos ficar com a imagem da Citadela, que é um antigo complexo de moradias construído no século XVIII onde viviam o rei e a corte. Está em fase de restauração, mas algumas casas e seus portais estão bem conservados.

Nenhum comentário: