Blog do Casal Garcia
05 abril 2011
Vamos fugir ?
24 novembro 2010
É.... C'ést fini...
Acabou.
Vôo pra Londres.
De 38C para 2C.
Do Oriente para o Ocidente.
Do olho puxado para o olhar de qualquer jeito.
Da fala tonal para o inglês com batata na boca.
Do budismo para o pluralismo religioso.
Dos cheiros e gostos exóticos para a ausência deles.
De Bangkok para Londres.
SAME SAME, BUT DIFFERENT.
21 novembro 2010
Vamos às compras!!
Sim , eu não podia chegar em casa pior do que vim! (6 meses sem cortar nem lavar o cabelo direito, pegando sol e mar direto, acreditem: meu cabelo estava um horror!!).
E como decidir onde cortar?? Perguntando pra recepcionista da nossa querida guest house (Siam Oriental, na Khao San Road)! Ela me sugeriu um determinado shopping na Siam Square, mas não especificou muito mais do que o nome do tal shopping. Subimos e descemos escadas quando, de repente: um salão da L'óreal. Perfeito!! É aqui mesmo!
O Beto estava A-P-A-V-O-R-A-D-O. Por mais que ele tivesse me apoiado na decisão de cortar curtinho, na hora H ele amarelou! Tentei expulsar ele do salão, mas ele insistiu em ficar. Viu cada maço de cabelo cair no chão!
Saí de lá nova e linda!
20 novembro 2010
O círculo se fechou
Sentamos numa sombra pra imaginar a cena da batalha.
Terminou pro Magalhães.
Acabou nossa aventura.
19 novembro 2010
Magalhães e o Santo Nino
Centenas de pessoas visitam o local diariamente, em procissões enormes. Não tínhamos mais o tempo pra ficar na fila... Compramos um imagem na lojinha e era isso!
18 novembro 2010
Num quarto com sacada de frente pro mar
Os últimos momentos de praia estão sendo vividos num quarto com sacada de frente pro mar e uma piscininha pra curtir. Cinco dias ouvindo aquele barulhinho gostoso noite e dia. Nessas alturas, o coração já começa a bater diferente: saudade de casa e já saudade do sudeste asiático. A viagem está terminando e as dúvidas são as mesmas de quando a gente chegou. O que nos espera? Como é que vai ser? O que vamos fazer? Como é que vai ser o nosso convívio nos próximos meses?
Mas temos a mesma certeza da chegada: vamos tirar tudo de letra! Vão ter os altos e baixos que a gente já sabe. E os amigos e a família vão ter que ter paciência de escutar, repetidas vezes, nossas histórias... e também nossas lamúrias!
15 novembro 2010
A Ilha das Maravilhas
Apo Island é uma pequena ilha, perto de Negros. Tão pequena que a estrutura é bem limitada. A energia é fornecida por um gerador que é ligado 2 vezes ao dia por algumas horas. E a água para beber precisa ser trazida de Negros pois os poços da ilha só fornecem água para banho, lavar roupas, etc .. Mas apesar disso, moram ali umas 150 famílias que vivem da pesca e da venda de artesanato para o pessoal que vai pra lá. Se alguém quer saber como é o ritmo de vida de uma pequena ilha do pacífico, Apo é o lugar. A vila fica bem no meio da ilha entre os coqueiros, Não tem carros, não tem motos. As crianças correm em bando. As mulheres buscam água no poço. A Lúcia não gostou da experiência. Já na ida, devido a agitação do mar e do tamanho minúsculo da "canoa" que nos levou até lá, tomamos um banho de molhar até os passaportes. Acho que isso chocou um pouco a Princesa Pantcha :) E também, devido a restrição do famigerado budget, não deu pra pagar o quarto standard do resort. Então tivemos que encarar o dormitório, que pelo visto, parecia que ninguém ficava lá fazia algum tempo :)) Ou seja, não era nada confortável e juntando com o problema da energia elétrica, fez com que a Lúcia achasse melhor não ficarmos muito tempo ali. Pra mim, uma pena, mas entendo que cada um tem o seu limite. Mas deu pra fazer os mergulhos. Nadar com as tartarugas marinhas é uma experiência sensacional. Parecem voar dentro d'água batendo as nadadeiras lentamente e tão tranquilas e calmas que fazem a gente se sentir da mesma forma como se tivessem, e realmente tem, o poder de transmitir paz.
14 novembro 2010
Terra de Gigantes
13 novembro 2010
Falando dos mergulhos nas Filipinas
A primeira parada desse plano foi Moalboal no sudoeste de Cebu. Lá, a cerca de 50 metros da beira da praia de Pangsama Beach, tem um jardim de corais submerso que se estende por toda a costa. Pedalando um pouco mais pro fundo, encontramos o famoso muro de Moalboal, um precipício cuja face, ou muro como é chamado, é coberto de corais e cheio de peixes. Um pouco amedrontante no início, pois a medida que vamos chegando perto dele, vai dando aquela sensação de andar na beira de um precipício.
Também bem próximo de Moalboal, a apenas 10 minutos de barco, existe uma minúscula ilha chamada Pescador Island. Os mergulhadores explicaram que esta ilha foi formada pelo acúmulo de corais, uns depositados em cima dos outros desde a base do oceano até seu topo por alguns milhares de anos. O fato é que este processo criou uma torre cilindrica de aproximadamente 60 metros de altura, sendo que 50 metros estão submersos e apenas 10 se encontram fora d'água e forma a tal ilha. Ali sim, devido à melhor visibilidade, a sensação é de flutuar por sobre a borda de um edifício. Uma sensação muito louca ! Mergulhando dá pra dar volta na ilha em menos de 1 hora e se encontram imensos cardumes de peixes prateados que se movimentam em conjunto como se fosse um corpo só. Realmente encanta o ballet aquático. Acho que uma das fotos de mergulho mais legais desta viagem é deste cardume. Quando se mergulha em direção a base na borda do precipício, o cardume que fica embaixo da gente vai se abrindo, formando um círculo de peixes ao nosso redor e lá de baixo se vê o espaço entre o cardume e os corais.
12 novembro 2010
Chocolate Hills, um passeio em Bohol...
Depois de um tempo, a moça morreu. O gigante ficou muito triste e chorou, chorou e chorou. As lágrimas dele secaram e formaram as Chocolate Hills."
Essa é uma versão adaptada por mim*, de uma das lendas da formação dessas montanhas. Outras lendas existem, mas a versão mais romântica combina melhor com o jeitão filipino de ser.
Geologicamente falando, mas ainda em discussão na comunidade científica, dizem que essas formações são o trabalho das chuvas sobre corais que um dia estiveram submersos em Bohol. São, aproximadamente, 1200 morrinhos de até 120 metros de altura, que na época de seca ficam marrons dando origem ao nome do lugar.
* não tem nada na lenda que mencione que a Aloya cantava bem nos karaokes. Mas, como é uma prática do país, eu achei que ela deveria ser uma boa cantora!
08 novembro 2010
Deixou de ser um Bicho Papão!
07 novembro 2010
Siquijor
No caminho até chegar ao resort não vimos lojas nem restaurantes, só algumas escolas e capelas.
Resort, aqui na Ásia, nem sempre é sinônimo de luxo, viu? Mas este que ficamos é um chalé ajeitadinho, com vista pro mar e uma área de convivência na beira da praia muito gostosa. Pra mim, está entre os lugares que mais gostei de ficar!!
A ilha tem alguns pontos pra conhecer, mas o top foi ver o Beto se atirar de um trampolim, a uma altura de uns 7 a 10 metros, na água clarinha do mar. A última vez que fiz isso, numa altura muito menor, fiquei tão roxa que resolvi não encarar a pancada na água!
Esse lugar de onde o Beto pulou é um hotel do governo com área de lazer: tinha uma família reunida com uma criançada, que juntos deviam ser uns 50. O Beto começou uma brincadeira na água com as crianças e eu continuei... Foi uma delícia! Só uma menina já falava e entendia inglês, mas nem precisou muito. Quando eu cansava de ficar chacoalhando na água era só dizer -Stop! Just relaxing! Que todos paravam na hora e voltavam quando eu dava sinal de estar pronta pra mais uma chacoalhada! Fiquei encantada! Quem dera todas as crianças fossem daquele jeitinho!!! Eu até virava recreacionista!
05 novembro 2010
Espaço para Apo Island
O Beto pode explicar mais sobre todos os pontos que ele amou na ilha. Como esse post pode demorar um pouco a ser produzido e as fotos já estão sendo publicadas para diminuir a ansiedade da família, resolvi deixar esse espaço marcado pra ele voltar e publicar algo com o título parecido com "A Ilha das Maravilhas".
O lugar é lindo, sem dúvida nenhuma. Mas não posso dizer que chegar encharcada no hotel, tomar banho de caneco e ter luz só em alguns horários do dia foi o meu programa favorito... Vou ficar com a ótima lembrança das tartarugas, com certeza. E do pedacinho da missa em filipino, que assisti lá, pra fechar com chave de ouro o nosso tour ecumênico!
03 novembro 2010
Isso aqui ôhôh! É um pouquinho de Brasil iáiá... !
Depois, pra chegar em Apo Island, paramos em Dumaguete, cidade na ilha de Negros. Lá, tivemos a felicidade de comer salada de batata! Não era como a da minha mãe, nem como a da Paulinha, mas quebrou bem o galho! E eles gostam de comer com churrasco! (que não é como o nosso, bem gaúcho, mas valeu o peixinho grelhado!).
Ainda em Dumaguete, entramos num restaurante tipo Turo-Turo ou, em inglês, Point Point. Quase um buffet: a gente aponta com o dedo os pratos que queremos comer e eles vão colocando em cumbuquinhas. Eu apontei sabe para o quê?? Uns docinhos que pareciam brigadeiros!! Quando eu vi aquelas bolinhas, nem acreditei! Na primeira mordida veio um pouco de decepção: a casquinha era chocolate, mas o recheio era maria-mole de morango... Tudo bem... chegou perto! Pra quem estava louca por um doce, desceu redondinho!!
Esse momento todo foi vivido ao som sabe do quê? Funk brasileiro! Não reconhecemos a banda, afinal não é o nosso estilo musical... Digamos que não foi o que mais nos encheu de orgulho saber que exportamos esse tipo de música, mas.... Era produto nosso, nacional!!
Pra completar, na Ilha Perfeita do Beto, em Apo, o hotel tinha um cantinho de frases memoráveis pintadas na parede (uma mistura fina de Yin-Yang, com oração a Deus e mais outras coisinhas...). Quem encontramos lá?
Pensem, ... é bem fácil....
Paulo Coelho!!
Essa pérola tivemos que fotografar:
01 novembro 2010
Detalhes técnicos que podem fazer a diferença...
31 outubro 2010
Enfim, Filipinas!
As Filipinas, na verdade são um conglomerado de ilhas, a maioria bem pequenas e próximas umas das outras de forma que, de qualquer ponto delas, se enxerga as outras, compondo junto com o horizonte o pano de fundo para os perfeitos pores-de-sol. Alguém poderia dizer então que as Filipinas parecem com a Indonésia. Sim, mas apenas no aspecto físico. O componenete que faz toda a diferença é o povo. Os mais amigáveis, sorridentes, sinceros e honestos de todos. Sempre com um sorriso no rosto e uma expressão de boas vindas. E as crianças, as mais lindas e alegres, daquelas de levar umas 3 ou 4 pra casa.
Os filipinos são católicos fervorosos e agradecem a Magalhães por esta semente por ele plantada com esmero há 500 anos atrás. Parece até que descobrir os caminhos que permitiram a primeira viagem de circunavegação do planeta não era seu grande objetivo. Pois logo após ter batizado e catequizado os nativos da ilha de Cebu, Magalhães morreu pelas mãos do chefe Lapu-Lapu numa pequena ilha próxima chamada Mactan, onde hoje fica o principal aeroporto da região de Visayas. Mas o fato é que, no curto espaço de tempo em que esteve por aqui, Magalhães simplesmente deu início a uma das maiores comunidades cristãs do mundo.
Quanto a nós aqui, o plano é ir pulando de ilha em ilha, mergulhar nos santuários submersos, pegar a moto e subir até o ponto mais alto, conversar com os locais, tomar algumas San Miguel Beer até ficar Loco-Loco como se diz por aqui ;)) É ... Sem dúvida, as Filipinas foi uma grata surpresa de final de viagem. E era justamente o que faltava pra terminarmos nossa aventura pelo sudeste asiático com o mesmo pique que começamos!
27 outubro 2010
Halong Bay - Versão Beto
26 outubro 2010
Halong Bay - Versão Lúcia
Tá. Eu inventei essa história porque não achei forma melhor de expressar a beleza do lugar. Fizemos o passeio de barco: dois dias e uma noite, com conforto e ótima comida (frutos do mar de todos os tipos!). Se pudéssemos, passávamos toda a semana lá... Vendo a mudança do cenário a cada curva do barco!
25 outubro 2010
1000 anos de Hanoi
Ficamos no Old Quarter, que é a parte antiga, mas que não aparenta tanto essa idade. Lá, a cidade é borbulhante. O movimento de gente, carros, motos, bibicletas e ciclos é impressionante. Mas é gostoso estar no meio dessa muvuca. Lojas com souveniers lindos, ao lado de produtos chineses, ao lado de tintas, ao lado de rolos de plásticos estampados, ao lado de porcelanas, ao lado da street food. Tudo misturado e convivendo bem entre turistas e locais.
Pra relaxar, uma caminhada em volta do lago Hoam Kiem tomando um sorvete fake da Kibon e lembrando do chimarrão no Parcão! Lá, tem velhinho sentado conversando, senhoras fazendo ginástica, estudantes desenhando a paisagem e muitos noivos tirando fotos de casamento.
Em outros pontos da cidade, vimos museus (da Literatura e de Etnologia) pra entender um pouco mais da cultura local e passamos pelo Mausoléo do Ho Chi Minh. O inglês é a terceira língua: primeiro vem a explicação em vietnamês, depois francês e por último aquela que todo mundo entende. Nacionalistas são eles! E acho até que estão bem certos, devido às circunstâncias!
Lembram que comentei que diziam que existiam diferenças entre o norte e o sul? Não percebemos muita, não. São agitados também, falam alto e até discutem na rua (vimos o primeiro bate boca em quase 5 meses!). São vivos e até jornal velho é motivo de negócio. Pra vender fruta, as mulheres carregam aquelas cestas dependuradas numa taquara que fica apoiada no ombro: - Foto! foto! Elas vêm oferecendo. Mas ai de nós se não comprássemos uma frutinha a preço de ouro!
É assim. Diferente de tudo que vimos até então. E isso é o que valeu muito na estadia por aqui!
24 outubro 2010
Depois de quase cinco meses...
Foi na catedral de Hanoi. Por fora, parecida com a Notre Dame em Paris (pois por uns cento e tantos anos a França dominou o país) e por dentro não podia ser diferente: o altar é vermelho e dourado como nos templos chineses!
Foi muito gostoso olhar pra tudo e ver que toda aquela simbologia faz sentido pra mim porque é o que aprendi desde sempre. Esse sentimento em relação a Igreja eu sei que não vou conseguir explicar nem em post, nem ao vivo... Essa é a pérola que vai ficar comigo, porque faz parte da minha história e das minhas vivências. Pra quem não tem a mesma Fé, eu sei, é difícil de entender o que pode ter de tão emocionante naquelas paredes...
23 outubro 2010
Algumas cidades vietcongues ..
Segue aí um resumão:
Nha Trang é uma cidade da costa com uma praia muito comprida e com um calçadão enorme por toda sua extensão. De lá se enxerga umas pequeninas ilhas que parecem boiar no horizonte, tipo aquelas que vimos em Krabi, porém em menor quantidade e sem a beleza e o clima de lá. Embora já estarmos com saudades de uma praia, afinal já está fazendo dois meses que deixamos as aventuras na Indonésia e Malásia, a praia de Nha Trang não nos chamou nada a atenção. Talvez seja por ser a baixa temporada aqui quando o clima não ajuda muito deixando o mar um verde sujo. Não sabemos como é nas outras estações, mas desde que entramos no Vietnã notamos uma névoa no ar como se fosse uma neblina, uns dias mais outros menos. Ou seja, valeu apenas por termos alugado uma motinho pra matarmos a saudade de sair meio sem destino como fazíamos na primeira parte da nossa viagem.
Hoi An é uma cidadezinha estilo Parati no Rio, só que invés de branco e janelas azuis, os casarios são todos em tons bege, pra combinar com a cor do rio, que é bem argiloso. Quanto mais subimos em direção ao norte, notamos a influência chinesa ficando também cada vez mais forte. E junto com a influência francesa que se vê nos prédios, dá a impressão de termos voltado ao passado. Passeando pelas ruas estreitas visitamos alguns templos chineses que misturam budismo e taoísmo com hinduísmo (ainda não tínhamos visto essa mistura) e, à noite, a cidade fica um charme com as lanternas vermelhas, ou mesmo coloridas, acesas na beira do rio. Digamos que é um lugarzinho mais romântico, pra tomar uma cervejinha e comer uns pratos típicos (foi o que fizemos inclusive!).
Definimos Hue como: "- Malditos vietcongues nos pegaram!" (lembram daquele quadro da TV Pirata?). Tá, não sabemos se passamos por um golpe ou não. Mas marcou nossa estada lá e nos deixou bem chateados. Resumindo bem: conhecemos uma família de vietnamitas que sugeriu um restaurante pra comermos. Conversa vai e vem, o Beto convidou eles pra jantarmos juntos no tal lugar que era bem barato, só pra locais. Chegamos lá, o lugar era chiquezinho, o menu sem preço e apenas em vietnamês. Pergutamos de novo se era baratinho: "-Sim, sim!". Comemos e veio a conta pra mão do Beto: 600.000 dongs. (=60 reais, sendo que normalmente comemos por 8 reais pra nós dois). Bom, pra equilibrar, eles nos convidaram pra jantar no dia seguinte na casa deles. Marcamos pra eles nos encontrarem às oito na frente do KFC - o único da cidade. Oito da noite, oito e dez, oito e vinte, oito e trinta... E nada... E aí? Pensamos o que sobre isso?? Foi uma droga! Tudo que economizamos nos outros lugares, gastamos na janta! Malditos vietcongues nos pegaram mesmo!!!! Mas pra não deixar que a mágoa nos domine, vamos ficar com a imagem da Citadela, que é um antigo complexo de moradias construído no século XVIII onde viviam o rei e a corte. Está em fase de restauração, mas algumas casas e seus portais estão bem conservados.
13 outubro 2010
O tour pelo Vietnã
(tempo pra resposta)
Os dois! O Vietnã tem pacotinhos e estamos mais acomodados, sim. Avaliamos a relação custo-benefício e agora que já pegamos o último ônibus do tour Ho Chi Minh - Nha Trang - Hoi An - Hue - Hanoi podemos dizer que valeu a pena. Tirando o caminho pra Hanoi, que tivemos um penetra dormindo no chão entre eu, o Beto e a nossa mochila com tudo que a gente tem de valor (o que fez com que o Beto só dormisse às 4h da manhã, quando o "colega" desceu), tudo foi muito bem, pontual e confortável para um sleeper bus, e na chegada de cada lugar tínhamos sempre uma recepção fervorosa "- Bom dia, Vietnam! Vocês acabam de chegar na cidade XX! Temos um hotel ótimo e baratinho...." (é... aceitamos todos os hotéis que eles nos sugeriram também. Digamos que sai um pouco mais caro, mas fica tão facinho!!).
Um mapinha pra vocês verem por onde andamos, desde Perhentian, na Malásia:
11 outubro 2010
A guerra do Vietnã e os túneis em Cu Chin
Por outro lado, os vietcongs usaram técnicas tão simples de combate, que a gente até entende o desespero dos americanos pra eliminar o povo. Olha que diferença: os americanos apelando pra armas químicas, tanques, aviões, bombas e mais bombas. Os vietcongs construíam túneis por baixo da terra pra se esconder e transitar de um lado pro outro, reaproveitando as munições que não estouravam dos EUA. Olhando assim, parecia óbvia a vitória americana, mas não foi. A determinação do pessoal aqui é incrível!
Visitamos um túnel desses e é impressionante. São três niveis abaixo da terra, a 3, 6 e 9 metros de profundidade. O buraco pra transitar era muito pequeno e, de baixo da terra, eles faziam a cozinha, a sala de armamento, a saída pro rio pra pegar água, enfim, uma obra de engenharia de dar inveja. Tinham vários pontos de respiro espalhados e até a preocupação com a chaminé distante da cozinha, pra despitar o alvo. Por cima, tudo era camuflado com folhas e galhos e mesmo que um americano achasse a entrada do túnel, não conseguiria entrar por causa do tamanho! Eles também construíram verdadeiras armadilhas de caça: buracos escondidos na terra cheios de pontas - caiu, morreu (segundo o guia, 70% dos americanos morreram assim!). Se não morria, perdia uma perna nas armadilhas menores.
É sangrento falar do assunto. E triste. E quem quiser ver, tá cheio de filme por aí. Sob o ponto de vista americano, é claro.
09 outubro 2010
Ho Chi Minh e o povo do sul
Aliás, o povo do sul é impactante: são pessoas agitadas, energéticas e parecem sem muita paciência e traquejo. Não dá muito tempo de trocar um sorriso ou uma brincadeira sem compromisso. Tudo é pra ontem. São objetivos. Mesmo nas vendas e barganhas eles negociam pouco (ao contrário de todo o sudeste asiático, que o Beto fica horas e horas brincando, contando histórias, até conseguir chegar no melhor preço). Se perguntou o preço é porque quer comprar e se quer comprar vamos direto ao valor, sem rodeios.
No mercado, uma vendedora fez a gente prometer que voltaria na loja dela se a gente achasse o mesmo produto por um preço menor. Nós rodamos, rodamos e achamos. Só que não nos demos conta que era exatamente do lado da loja da tal vendedora! Pra quê! Foi o fim! Acho que tivemos nossas próximas 5 gerações amaldiçoadas de tão braba e sentida que ela ficou! Não dá pra prometer nada sem cumprir. Aquela promecinha da boca pra fora chateia eles profundamente.
Dizem que apesar do país ser unificado, existe uma diferença grande entre o povo do norte e o do sul, inclusive na língua. Como vamos atravessar de ponta a ponta, acho que vamos conseguir perceber essa diferença!
08 outubro 2010
Good Morning Vietnan!!
Eu estava muito curiosa em relação à chegada no Vietnã. Certamente porque já assistimos muitos filmes holywoodianos da guerra, o que torna esse país menos distante do nosso mapa.
Entramos pelo sul e nossa primeira parada foi Can Tho, onde a atração principal é um mercado flutuante, no delta do Rio Mekong. Fizemos um passeio de barco, conhecemos uma fábrica de massa de arroz (zero para as boas práticas de produção) e ficamos admirados de como ocorre o comércio das frutas e vegetais. O pessoal acorda cedo pra buscar tudo fresquinho e invés do carrinho de feira, as mulheres pegam o barco e vão remando, remando e parando onde é bom e barato. Ancoram um barco no outro, negociam o preço, pegam a mercadoria e depois levam pro mercado da cidade. A maioria com aquele chapeuzinho bicudo de palha que vemos nos filmes, pra tornar o cenário mais caracterizado.
Conseguimos acompanhar também o amanhecer do pessoal que trabalha nos barcos: fazem aquele xixi no rio, compram o café da manhã na feira, pegam um canequinho e vão escovar os dentes, trocam as fraldas das crianças, tomam um banho de bacia, lavam a roupa (tudo com a água do rio) e estão prontos pro trabalho! Quem tem casa na beira do rio segue a mesma rotina...
Depois fomos conferir a feira da cidade. Uma muvuca de gente e motos impressionante!
E é isso, pra começar a falar do Vietnã!